O início do campeonato brasileiro do Atlético foi
bastante irregular. Com três derrotas, quatro empates e apenas uma vitória, o
clube mineiro chegou até a aparecer na
zona de rebaixamento na oitava rodada. Daniel Nepomuceno, o presidente atleticano, reforçou o elenco com
jogadores caros, como Fred e Robinho, e, por isso, ninguém imaginava que o time
alvinegro chegaria nessa situação. Mesmo assim, eram várias as justificativas
encontradas pelos torcedores para explicar esse momento periclitante. Dentre
elas, uma era unânime: a ausência de Juan Cazares.
O meia havia
disputado apenas as duas primeiras rodadas e, depois disso, foi para os EUA,
para disputar a Copa América com a seleção da sua terra natal, o Equador. Sua
falta era muito sentida, até mesmo pelo técnico Marcelo Oliveira. De qualquer
forma, uma dúvida pairava sobre a cabeça
de todos: seria o equatoriano a solução imediata para tirar o Galo dessa
enrascada?
"Isso só
ocorreria de fato se fosse um homem virtuoso", diria Aristóteles. Um
homem capaz de maximizar suas potencialidades e que seria coerente em seus atos. Afinal, só uma pessoa como essa
cumpriria todas as expectativas postas sobre ela, uma vez que faria exatamente
o que se espera dela.
Cazares
voltou e, após quatro rodadas, ratificou essa teoria. Com atuações
exuberantes, especialmente contra o Botafogo, na décima segunda rodada,
demonstrou toda a sua qualidade e excelência em construir e finalizar jogadas.
Com ele, que participou diretamente de onze gols (6 gols e 5 assistências), o
time se tornou outro, e as quatro vitórias seguidas alcançadas confirmam isso.
O baixinho de
24 anos mostrou ser peça essencial para o Galo na busca por voos mais altos. Daqui
para frente, terá que continuar jogando de forma magistral para corresponder
toda a confiança depositada pela massa e para auxiliar o Galo a conquistar o
tão sonhado bicampeonato. Nada que pareça tarefa complicada, ainda mais para um
jovem rico de virtudes, como Juan Cazares.