Hoje
é um dia de boas lembranças e de um presente triste para Levir Culpi. Feliz
porque faz um ano que ele levou o Galo ao seu primeiro título da Copa do
Brasil. E triste porque foi anunciada oficialmente sua saída do clube, após
mais de um ano e meio no cargo.
Particularmente, tenho um apreço enorme pelo
Levir. Pra mim, foi o melhor treinador que vi no Atlético. Primeiramente, em
2006, ele comandou o time que venceu a série B. Uma página manchada na história
do clube, mas que não deixou de ter um gostinho especial. Ano de muitas
vitórias e de um título nacional, pouco valorizado, mas o primeiro que
acompanhei ao vivo. Depois, a goleada sobre o Cruzeiro na final do Mineiro, em
2007, que marcou sua saída para o Japão.
Vários anos se passaram, Levir aprendeu
japonês e virou até samurai, e talvez por isso, voltou diferente para o
Atlético, 7 anos depois. O seu estado de
espírito se tornou outro. Alegre, carismático, sereno. O que foi traduzido em
campo, com o time jogando para frente sem medo de se expor, e nas coletivas,
sempre bem humoradas e com uma irreverência pouco habitual para um treinador de
futebol.
O trabalho bem feito e a longo prazo deu
resultado, e Levir conquistou três títulos com o Galo: Recopa, Copa do Brasil e
Mineiro. Sempre com um futebol envolvente e incisivo, até com certa irresponsabilidade.
O único ponto fora da curva nessa segunda
passagem pelo clube de Belo Horizonte foram as últimas semanas, turbulentas e desgastantes.
O time não conseguiu conquistar o Campeonato Brasileiro e levou algumas
goleadas. Essas falhas na defesa começaram a irritar grande parte dos
torcedores, e sua teimosia característica, só afligiu a situação.
De qualquer forma, esses atritos finais não
conseguem sujar a linda história que Levir teve no Galo que, hoje, teve um
ponto final. Na sua última entrevista, as risadas deram lugar a tristeza e as
lágrimas. E isso só evidencia que é um personagem ímpar no futebol nacional.
Criou um laço forte com o clube, sempre com sinceridade e realizando um
trabalho honesto.
Agora, nós, torcedores, só temos que agradecê-lo.
Obrigado, Levir, por engrandecer ainda mais as páginas do Atlético. E que isso
sirva de inspiração para que ele conte tudo o que passou aqui em um novo livro,
talvez um “burro com sorte 2”.
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