domingo, 21 de setembro de 2014

Análise do clássico mineiro

  O maior clássico de Minas Gerais foi um belo espetáculo. Cruzeiro e Atlético fizeram uma partida muito equilibrada e emocionante. Os dois times tiveram chances de vencer e, no final, saiu com a vitória a equipe que estava mais satisfeita com o empate. Como sempre, esse confronto foi repleto de surpresas e tensões até o último lance. 
  
  Com o cenário totalmente favorável, o Cruzeiro pressionou o adversário em busca do gol desde o primeiro minuto. A torcida celeste estava em maioria e esperava alcançar a décima vitória em dez jogos como mandante. O atlético foi para o Mineirão para se defender e apostava nos contra ataques puxados por Carlos e Diego Tardelli. O time da casa criava muitos ataques e o gol não saía por detalhes. Já o Galo era lento e pragmático, até que, em um lance isolado, conseguiu abrir o placar do jogo com o jovem Carlos. O gol desestabilizou o Cruzeiro e, em uma jogada seguinte, Tardelli ampliou o marcador para a equipe alvinegra. Logo depois, a raposa respondeu e voltou ao ataque aproveitando a fragilidade do lateral esquerdo atleticano, Emerson Conceição. Foi nesse lado que Everton Ribeiro fez excelente jogada e passou para Ricardo Goulart descontar. Com isso, o primeiro tempo terminou em 2 x 1. 
  
  No segundo tempo, os times voltaram com a mesma postura. O Atlético ficou ainda mais retrancado e o Cruzeiro foi em busca do segundo gol, explorando muito as jogadas aéreas. E foi em um desses "chuveirinhos" que a equipe cruzeirense empatou o jogo. O promissor Alisson fez um belo gol ao arrematar um voleio com raríssima felicidade. Após esse tento, o time da casa encurralou ainda mais o rival. Foram algumas bolas na trave e belas defesas de Victor que impediram a virada. O time atleticano, que estava muito desfalcado e jogando fora de casa, segurava o resultado e estava satisfeito com o empate. O jogo caminhava para o seu término, até que a estrela do atacante Carlos brilhou novamente. Após cruzamento de Donizete, o garoto de 19 anos cabeceou com perfeição e colocou a bola no ângulo do gol de Fábio. Festa para os poucos, mas fervorosos torcedores atleticanos e decepção para os muitos cruzeirenses, que tiveram que ir para casa com o gosto amargo da derrota para o rival.
  
  Agora, o Atlético ganha motivação para continuar lutando por uma vaga no G4 e o Cruzeiro, que continua líder absoluto, precisa se reerguer após sofrer sua primeira derrota em casa para seu maior rival. O resultado da partida pode ser considerado injusto por muitos torcedores, mas reflete uma das principais frases ditas no mundo do futebol: quem não faz, leva! 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O novo Manchester United

  Após o fim da janela de transferências, o Manchester United alcançou sua primeira vitória sob o comando de Louis Van Gaal. Com todas as contratações disponíveis, o técnico holandês deu esperanças à torcida inglesa que dias melhores virão. Será o começo de uma nova era? 
  
  O adversário não dificultou, mas o United apresentou um bom futebol. A vitória de 4 x 0 contra o Queens Park Rangers pode representar o começo ou a volta de um Manchester vencedor em busca de títulos. A principal contratação da temporada, Di Maria, não decepcionou os mais de 75 mil torcedores presentes e fez uma excelente partida. Com um gol e uma assistência, ele foi o nome do jogo e comandou as principais ações ofensivas dos diabos vermelhos. Daley Blind, outro novo contratado, apresentou um futebol semelhante ao da Copa do Mundo. Com belos lançamentos e errando poucos passes, fez uma partida praticamente perfeita e deu uma maior consistência para a instável zaga do United. O lateral Rojo, que também estreou,  fez uma partida discreta, mas consciente e agradou. Já no fim do jogo e com a vitória praticamente assegurada, Falcao entrou pela primeira vez com a camisa vermelha. Não teve tempo para mostrar sua qualidade, mas levou os torcedores ao delírio apenas por pisar no gramado. 
  
  Van Gaal não utilizou seu esquema favorito, o 3-5-2, e colocou o time ofensivo com um 4-4-2. A fragilidade do adversário pode ter influenciado sua escolha, mas essa decisão significa que uma variação tática não esta descartada. Com tantas estrelas no elenco, será difícil definir um time titular. Além disso, o futebol apresentado nesse jogo mostra que os jogadores estão com fome de bola. Agora, basta unir essa vontade, a qualidade individual e um esquema de jogo para que o Manchester volte a honrar o famoso cântico das arquibancadas "Glory, Glory Man United". 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O futuro do futebol moderno

  Ano de 2050. O futebol não é como antigamente. Agora, parece-se mais com um espetáculo do que com um esporte. Para participar do evento, cobra-se um preço muito alto que apenas uma mínima parcela da população tem condições de pagar. Para entrar na arena, é obrigatório o uso de traje formal e o rádio é estritamente proibido.    

  
  Meu avô me contava que, anos atrás, cada partida era uma festa. Existiam torcidas organizadas que comandavam as músicas na arquibancada e era raro ver uma pessoa sentada. Hoje em dia, todos ficam nos lugares marcados e não é permitido gritar. Os recursos tecnológicos são algo comum e, a cada lance duvidoso, são utilizados. O jogo é frequentemente interrompido, mas não há mais erros de arbitragem. 
  
  Assim, o futebol não gera mais polêmicas e se tornou premeditado. Desde a entrada dos jogadores no campo até o apito final, tudo segue um cronograma. Crianças não são admitidas e mascotes viraram símbolos do passado.  
  
  O esporte mais famoso do mundo realmente se transformou. Atualmente, os espectadores não torcem, apenas assistem à partida. A paixão do torcedor não é mais a mesma e os times se tornaram empresas que visam lucro. O chamado futebol moderno pelos antiquados está cada dia mais presente e mais radical!  
  
  Ainda estamos em 2014 e essa situação não está tão evoluída. Por isso, se você é um apreciador do verdadeiro futebol assim como eu, reflita e faça a diferença. Diga não ao futebol moderno!